segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013


             Caríssimos (as) Irmãos (ãs) em Cristo Jesus

                “A PAZ ESTEJA CONVOSCO”


Recebemos do Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará, Dom Alberto Taveira  Corrêa, um e-mail intitulado: 

              “ A SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARÉ.”

Este escrito do  operante Arcebispo de Belém do Pará, é riquíssimo em seu conteúdo pedagógico cristão.

Queremos, por isto, data venia Dom Alberto, reencaminhá-lo,  via e-mail, aos mais de cinquenta e cinco mil assbraquianos, espalhados pelos 26 estados brasileiros e mais o Distrito Federal, porque, sem dúvida alguma, este maravilhoso artigo-oração atende,sim, a inspiração do Divino Espírito Santo, ao pastor de Belém do Pará, que se revela preocupado com o número crescente de casais separados.
Êi-lo, o têxto, na íntegra, cônscios de que o seu autor, abençoará essa divulgação, que ora fazemos, para a comunidade assbraquiana e seus amigos na esperança de que se estanque ou mesmo diminua o número, in casu , na estatística forense e de tantos outros que não chegam ao conhecimento do poder Judiciário.



52. 2012. A SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARÉ
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém

        
Após o Natal, a Igreja põe diante de nossos olhos, para serem contemplados em seus detalhes, os diversos quadros que se sucederam ao grande acontecimento. Chama atenção, de modo especial, a realidade da família, a Sagrada Família de Nazaré, Jesus, Maria e José. Deus, que é todo-poderoso, poderia inventar outras formas para o seu Filho vir ao mundo e salvá-lo, mas quis que tudo acontecesse pelo meio mais comum, uma família humana, com tudo o que isso significa: casa, trabalho, afeto, dificuldades mil, enfermidades, vizinhança, envolvimento com a sociedade e daí por diante.
         No entanto, esta família foi pensada justamente no Céu, no seio da Trindade, para ser um de seus mais lindos reflexos aqui na terra. Ela é “sagrada”. Tudo o que faz parte do plano de Deus tem esta sacralidade característica. O sagrado é “separado” do resto e preservado pelo seu imenso valor, enquanto portador de tesouros destinados ao bem de todos os filhos de Deus. Nunca o sagrado seja visto pelos cristãos como ameaça ou proibição, mas sempre como ideal a ser acolhido e alcançado, para o que não falta a graça de Deus.
Sagrada é aquela família pela presença de Maria, Virgem e Mãe, Escrava do Senhor, que se deixou revestir da Palavra de Deus, pronta a servir e amar, discípula de seu próprio Filho, esposa, mãe e viúva, mulher forte, como a vemos aos pés da Cruz, mulher da prece e do louvor, no testemunho do Magnificat. Sagrada é a família porque conduzida por José, homem elogiado por uma expressão riquíssima de significado na Escritura, “justo”, o oposto do ímpio. Nenhuma palavra sua foi registrada na Bíblia, mas o que ele fez, as sábias decisões tomadas para ser fiel a Deus, tudo resume a altura a que chegou aquele carpinteiro de Nazaré. Sagrada Família porque sua razão de ser era o acolhimento do Messias Salvador, Jesus Cristo, Filho de Deus, chamado Filho do Homem! Sagrada Família porque tabernáculo protetor da presença de “Deus conosco – Emanuel”.
Esta é “sagrada” e é família. Todas as relações existentes numa família ali se encontram: esponsalidade, paternidade, maternidade, filiação. O Pai do Céu certamente tinha algo a dizer quando assim constituiu a Família de Nazaré. “E Jesus, no limiar da sua vida pública, Jesus realiza o seu primeiro sinal – a pedido da sua Mãe – por ocasião duma festa de casamento. A Igreja atribui uma grande importância à presença de Jesus nas bodas de Caná. Ela vê nesse fato a confirmação da bondade do matrimônio e o anúncio de que, doravante, o matrimônio seria um sinal eficaz da presença de Cristo. Na sua pregação, Jesus ensinou sem equívocos o sentido original da união do homem e da mulher, tal como o Criador a quis no princípio: a permissão de repudiar a sua mulher, dada por Moisés, era uma concessão à dureza do coração, mas a união matrimonial do homem e da mulher é indissolúvel: foi o próprio Deus que a estabeleceu: ‘Não separe, pois, o homem o que Deus uniu’” (Mt 19, 6; cf. Catecismo da Igreja Católica, números 613-614)
Há um plano de Deus, revelado desde a criação, para a família. “O pacto matrimonial, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si a comunhão íntima de toda a vida, ordenado por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à procriação e educação da prole, entre os batizados foi elevado por Cristo Senhor à dignidade de sacramento” (CIC 1601). Ainda que com o devido respeito aos direitos de todas as pessoas e sem discriminar quem quer que seja, é fácil entender que a proposta para a família, vinda da Escritura e da história da Igreja, tem suas características próprias, que desejamos respeitadas e reconhecidas. Não temos “em oferta” para as pessoas e grupos outros modelos de família entre os cristãos, a não ser a família monogâmica e exclusiva, entre um homem e uma mulher, aberta à vida, capaz de contribuir na obre criadora de Deus e o bem da sociedade. Quem escolher o cristianismo terá a alegria de optar por esta estrada quanto à formação de uma família, o que não significa lançar sentenças condenatórias ou entrega aos poderes do inferno das pessoas que não vivem assim. Deus é eterno em seu amor e encontrará as formas para tocar o coração de todos os homens e mulheres.
Retornando a Nazaré, as famílias de nosso tempo, que desejam ser famílias e sagradas, são convidadas pela Igreja a se espelharem em Jesus, Maria e José. A leitura dos Evangelhos nos faz identificar uma família que reza (cf. Lc 2,41-42), busca a vontade do Pai (cf. Mt 1,18-24; Mt 2,13-23; Mc 3,33), enfrenta as dificuldades, como a falta de hospedagem em Belém ou a perseguição de Herodes (cf. Lc 2,1-7; Mt 2,13-18), trabalha (“não é este o carpinteiro, o filho de Maria?” – Mc 6,3), enfrenta a dura realidade da Cruz (“Junto à Cruz de Jesus, estavam de pé sua mãe e a irmã de sua Mãe, Maria de Cléofas, e ainda Maria Madalena” – Jo 19,25). Os laços familiares ainda estarão presentes na preparação da vinda do Espírito Santo, após a Ressurreição e a Ascensão, em oração, junto aos discípulos de Jesus (cf. At 1,14).
Sagrada Família de Nazaré! A ela confiemos nossas famílias e todas as famílias de nosso tempo: “Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias da vossa casa. Amém.”







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