Caríssimos (as) Irmãos (ãs) em Cristo Jesus
“A PAZ ESTEJA CONVOSCO”
Recebemos do Arcebispo Metropolitano
de Belém do Pará, Dom Alberto Taveira Corrêa, um e-mail intitulado:
“ A SAGRADA
FAMÍLIA DE NAZARÉ.”
Este escrito do operante Arcebispo de Belém do Pará, é
riquíssimo em seu conteúdo pedagógico cristão.
Queremos, por isto, data venia Dom Alberto, reencaminhá-lo, via e-mail, aos mais de cinquenta e cinco mil
assbraquianos, espalhados pelos 26 estados brasileiros e mais o Distrito
Federal, porque, sem dúvida alguma, este maravilhoso artigo-oração atende,sim,
a inspiração do Divino Espírito Santo, ao pastor de Belém do Pará, que se
revela preocupado com o número crescente de casais separados.
Êi-lo, o têxto, na íntegra, cônscios de que o seu autor,
abençoará essa divulgação, que ora fazemos, para a comunidade assbraquiana e
seus amigos na esperança de que se estanque ou mesmo diminua o número, in casu , na estatística forense e de
tantos outros que não chegam ao conhecimento do poder Judiciário.
52. 2012. A SAGRADA FAMÍLIA DE
NAZARÉ
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de
Belém
Após
o Natal, a Igreja põe diante de nossos olhos, para serem contemplados em seus
detalhes, os diversos quadros que se sucederam ao grande acontecimento. Chama
atenção, de modo especial, a realidade da família, a Sagrada Família de Nazaré,
Jesus, Maria e José. Deus, que é todo-poderoso, poderia inventar outras formas
para o seu Filho vir ao mundo e salvá-lo, mas quis que tudo acontecesse pelo
meio mais comum, uma família humana, com tudo o que isso significa: casa,
trabalho, afeto, dificuldades mil, enfermidades, vizinhança, envolvimento com a
sociedade e daí por diante.
No entanto, esta família foi pensada
justamente no Céu, no seio da Trindade, para ser um de seus mais lindos
reflexos aqui na terra. Ela é “sagrada”. Tudo o que faz parte do plano de Deus
tem esta sacralidade característica. O sagrado é “separado” do resto e
preservado pelo seu imenso valor, enquanto portador de tesouros destinados ao
bem de todos os filhos de Deus. Nunca o sagrado seja visto pelos cristãos como
ameaça ou proibição, mas sempre como ideal a ser acolhido e alcançado, para o
que não falta a graça de Deus.
Sagrada
é aquela família pela presença de Maria, Virgem e Mãe, Escrava do Senhor, que
se deixou revestir da Palavra de Deus, pronta a servir e amar, discípula de seu
próprio Filho, esposa, mãe e viúva, mulher forte, como a vemos aos pés da Cruz,
mulher da prece e do louvor, no testemunho do Magnificat. Sagrada é a família
porque conduzida por José, homem elogiado por uma expressão riquíssima de
significado na Escritura, “justo”, o oposto do ímpio. Nenhuma palavra sua foi
registrada na Bíblia, mas o que ele fez, as sábias decisões tomadas para ser
fiel a Deus, tudo resume a altura a que chegou aquele carpinteiro de Nazaré.
Sagrada Família porque sua razão de ser era o acolhimento do Messias Salvador,
Jesus Cristo, Filho de Deus, chamado Filho do Homem! Sagrada Família porque
tabernáculo protetor da presença de “Deus conosco – Emanuel”.
Esta
é “sagrada” e é família. Todas as relações existentes numa família ali se
encontram: esponsalidade, paternidade, maternidade, filiação. O Pai do Céu
certamente tinha algo a dizer quando assim constituiu a Família de Nazaré. “E
Jesus, no limiar da sua vida pública, Jesus realiza o seu primeiro sinal – a
pedido da sua Mãe – por ocasião duma festa de casamento. A Igreja atribui uma
grande importância à presença de Jesus nas bodas de Caná. Ela vê nesse fato a
confirmação da bondade do matrimônio e o anúncio de que, doravante, o
matrimônio seria um sinal eficaz da presença de Cristo. Na sua pregação, Jesus ensinou
sem equívocos o sentido original da união do homem e da mulher, tal como o
Criador a quis no princípio: a permissão de repudiar a sua mulher, dada por
Moisés, era uma concessão à dureza do coração, mas a união matrimonial do homem
e da mulher é indissolúvel: foi o próprio Deus que a estabeleceu: ‘Não separe,
pois, o homem o que Deus uniu’” (Mt 19, 6; cf. Catecismo da Igreja Católica, números
613-614)
Há um
plano de Deus, revelado desde a criação, para a família. “O pacto matrimonial,
pelo qual o homem e a mulher constituem entre si a comunhão íntima de toda a
vida, ordenado por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à procriação e
educação da prole, entre os batizados foi elevado por Cristo Senhor à dignidade
de sacramento” (CIC 1601). Ainda que com o devido respeito aos direitos de
todas as pessoas e sem discriminar quem quer que seja, é fácil entender que a
proposta para a família, vinda da Escritura e da história da Igreja, tem suas
características próprias, que desejamos respeitadas e reconhecidas. Não temos
“em oferta” para as pessoas e grupos outros modelos de família entre os
cristãos, a não ser a família monogâmica e exclusiva, entre um homem e uma
mulher, aberta à vida, capaz de contribuir na obre criadora de Deus e o bem da
sociedade. Quem escolher o cristianismo terá a alegria de optar por esta
estrada quanto à formação de uma família, o que não significa lançar sentenças
condenatórias ou entrega aos poderes do inferno das pessoas que não vivem
assim. Deus é eterno em seu amor e encontrará as formas para tocar o coração de
todos os homens e mulheres.
Retornando
a Nazaré, as famílias de nosso tempo, que desejam ser famílias e sagradas, são
convidadas pela Igreja a se espelharem em Jesus, Maria e José. A leitura dos
Evangelhos nos faz identificar uma família que reza (cf. Lc 2,41-42), busca a
vontade do Pai (cf. Mt 1,18-24; Mt 2,13-23; Mc 3,33), enfrenta as dificuldades,
como a falta de hospedagem em Belém ou a perseguição de Herodes (cf. Lc 2,1-7;
Mt 2,13-18), trabalha (“não é este o carpinteiro, o filho de Maria?” – Mc 6,3),
enfrenta a dura realidade da Cruz (“Junto à Cruz de Jesus, estavam de pé sua
mãe e a irmã de sua Mãe, Maria de Cléofas, e ainda Maria Madalena” – Jo 19,25).
Os laços familiares ainda estarão presentes na preparação da vinda do Espírito
Santo, após a Ressurreição e a Ascensão, em oração, junto aos discípulos de
Jesus (cf. At 1,14).
Sagrada
Família de Nazaré! A ela confiemos nossas famílias e todas as famílias de nosso
tempo: “Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo,
concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes para que, unidos pelos
laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias da vossa casa. Amém.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário